Levei um strike no YouTube: o que fazer e como um advogado pode te ajudar?

 

Se você cria conteúdo no YouTube, já deve ter ouvido falar nos temidos strikes. Eles podem surgir de forma repentina, colocar em risco o seu canal e, muitas vezes, sem que você entenda exatamente o que aconteceu. 

Neste artigo, vou responder às principais dúvidas sobre o tema e explicar, com base jurídica, o que você pode — e deve — fazer se isso acontecer com você.

 

 

1. O que é um strike no YouTube?

Um strike é uma penalidade aplicada pelo YouTube quando o criador infringe regras da plataforma. Existem dois tipos principais:

Strike por violação de direitos autorais (copyright strike): ocorre quando você usa conteúdo protegido por direitos autorais — como músicas, vídeos, imagens ou trechos de outras obras — sem a devida autorização ou fora das hipóteses de uso permitido.

Strike por violação das diretrizes da comunidade (community guidelines strike): é aplicado quando o conteúdo publicado infringe as normas internas da plataforma, como discursos de ódio, nudez, violência gráfica, assédio, entre outros.

Em regra, a aplicação de strikes segue um sistema progressivo: ao receber 3 strikes, no período de 90 dias, seu canal é permanentemente removido da plataforma.

 

 

2. Quanto tempo fica um strike no YouTube?

A penalidade de um strike dura, em regra, 90 dias. 

Durante esse período, o criador precisa tomar cuidado redobrado, pois acumular dois ou três strikes pode trazer consequências graves.

  • 1º strike: bloqueio de postagens e lives por 1 semana.

  • 2º strike (no período de 90 dias): restrição por 2 semanas.

  • 3º strike: encerramento permanente do canal.

Após os 90 dias, o strike é removido do canal, desde que nenhuma outra regra tenha sido violada.

 

 

3. O que significa dar um strike em um canal do YouTube?

Quando uma pessoa ou empresa registra uma denúncia no YouTube — seja por violação de direitos autorais ou por conteúdo impróprio — a plataforma avalia e, se considerar procedente, aplica um strike. Ou seja, é um processo unilateral e automatizado na maioria dos casos.

Isso significa que o strike pode ser resultado de erro, denúncia indevida ou uso legítimo do conteúdo (como no caso de fair use), mas ainda assim gerar bloqueio. 

Nesses casos, o criador deve agir com estratégia e conhecimento jurídico.

 

 

4. Como saber se levei um strike no YouTube?

Na maioria das vezes, você será notificado por e-mail e poderá ver o status do strike no YouTube Studio, em “Canal > Status e recursos”. 

Lá constam detalhes como o tipo de strike, o vídeo afetado, a data da penalidade e os prazos para recurso.

Ignorar essa notificação ou responder de forma precipitada pode piorar a situação. 

Em muitos casos, os criadores excluem o vídeo penalizado, o que inviabiliza a defesa. Por isso, é essencial buscar orientação profissional antes de agir.

 

 

5. O que fazer se levar um strike no YouTube?

 

Etapa 1 – Avaliação estratégica

Leia atentamente a notificação. Identifique se o strike é por direitos autorais ou diretrizes da comunidade.

Não exclua o vídeo. O conteúdo é necessário para eventual contestação.

Avalie a procedência da alegação. Foi erro? Foi uso legítimo? Há contexto jornalístico, educativo ou crítico?

Etapa 2 – Resolvendo strikes por direitos autorais

Você tem três caminhos:

Esperar os 90 dias: se não houver novos problemas, o strike expira.

Solicitar retratação: entre em contato com o reclamante e tente um acordo para retirada da denúncia.

Enviar uma contra-notificação formal: se você tem base legal (por exemplo, fair use, licença, domínio público ou uso autorizado), pode recorrer via YouTube. É uma medida jurídica e, caso o autor mantenha a denúncia, pode haver processo judicial.

Importante: ao enviar uma contra-notificação, você assume a responsabilidade legal sobre a legitimidade do conteúdo. É altamente recomendado que essa etapa seja feita com auxílio de um advogado.

 

Etapa 3 – Recorrendo a strikes por diretrizes da comunidade

Revise o conteúdo e entenda o motivo alegado.

Solicite reavaliação diretamente pelo YouTube Studio.

Use canais oficiais e extraoficiais: em alguns casos, a equipe @TeamYouTube no X (antigo Twitter) pode acelerar a resposta.

Considere apoio jurídico se o conteúdo teve finalidade artística, jornalística, educacional ou de denúncia.

 


6. Por que contratar um advogado especializado em YouTube e creator economy?

Você protege sua marca e sua reputação: um strike pode gerar prejuízos de imagem e perda de monetização.

Evita decisões precipitadas: muitos criadores excluem vídeos ou assumem culpa sem entender o impacto legal.

Ganha respaldo técnico para contra-notificação: a defesa exige análise jurídica da situação — inclusive de uso de imagem, voz e obras protegidas.

Previne novos problemas: uma boa assessoria revisa contratos de parceria, uso de trilhas e políticas de divulgação.

 

Conclusão

Um strike no YouTube não precisa ser o fim da linha — mas é, sim, um alerta. 

Entender os tipos de penalidade, como reagir e quando buscar ajuda pode salvar seu canal.

Criadores que tratam seu canal como um negócio sabem que a melhor defesa é a prevenção aliada a uma estratégia jurídica sólida.

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Referências:

Google Support – Copyright Strike Basics
Disponível em: https://support.google.com/youtube/answer/2814000
Último acesso em: junho de 2025.

Google Support – Community Guidelines Strike Basics
Disponível em: https://support.google.com/youtube/answer/2802032
Último acesso em: junho de 2025.

Enx2 Marketing – What Are YouTube Strikes and How to Avoid Them
Disponível em: https://enx2marketing.com/what-are-youtube-strikes/
Último acesso em: junho de 2025.

Lei n.º 9.610/98 – Lei de Direitos Autorais
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm

Marco Civil da Internet – Lei n.º 12.965/14

 

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